domingo, 11 de junho de 2017

Bob Fernandes: "tarde para arrependimentos".

Bob Fernandes: "tarde para arrependimentos". Assista - TIJOLAÇO 



Bob Fernandes: “tarde para arrependimentos”. Assista

https://youtu.be/RgcLMYXOx1o


Bob Fernandes, ontem à noite, no Jornal da Gazeta:


Temer fica na presidência da
República, decidiu o TSE nesta sexta-feira, 9. Milhões e milhões
lamentam profundamente a decisão. Outros esguicham lágrimas. De
crocodilo.
Há 900 e poucos dias o PSDB pediu
cassação de Dilma e Temer. “Pra encher o saco do PT”, confessou há meses
o autor da ação, Aécio Neves.
Presidente do TSE, Gilmar Mendes
agora também confessa: a ação só andou porque ele quis. Quis porque à
época os alvos eram Dilma e PT.
Hoje, mesmo diante de uma torrente de
provas, o ministro Gilmar não queria mais. Porque se tornou
interlocutor, senão conselheiro, do acusado: Temer.
Esse julgamento no TSE escancara
como, cada vez mais, o Sistema Judiciário faz  política. Não a política
cotidiana, inerente às ações humanas.
Faz política valendo-se do vácuo produzido pela avacalhação e auto-avacalhação de políticos e partidos.
O “Impeachment Tabajara”, certeira definição de Joaquim Barbosa, acelerou drasticamente essa decomposição. E o vale tudo.
O Judiciário se contaminou ao
emprestar ares de legalidade formal ao processo de disputa política e
ideológica. E o vírus se espalhou.
Dallagnol, um Procurador da
República, reproduziu ontem posts no seu Twitter. Com desabafos contra
um ministro do Supremo Tribunal, Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes, nos posts, é acusado de “comportamento ilegal”, “ética negativa” e “escândalos”.
Gilmar também desabafa. Disse: “Aparentemente” procuradores combinaram com a JBS a versão de propina nas delações.
Durante a sessão final do julgamento, nessa sexta, Gilmar atacou o vice-procurador, Nicolao Dino, e o Ministério Público:
-As instituições têm de se conter, não podem usar poderes do estado como se fossem selvagens…
E bateu ainda mais:
-Suspeito que essa mistura de
delatores com o Ministério Público esteja contaminando esse ambiente de
maneira negativa, fazendo uma osmose que não condiz com a realidade.
Também nesse mesmo Dia do Juízo Final, Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador na Lava Jato, foi ao Facebook e atacou.
Disse o procurador que “Cinismo é a cegueira intencional da maioria dos ministros do TSE em relação à corrupção”.
Carlos Fernando desabafou: “Cinismo é fingir que tudo está superado apenas porque o PT saiu do governo…”
Disse ainda:
-A corrupção é multipartidária e institucionalizada. Ela é a maneira pela qual se faz política no Brasil desde sempre.
As amigas e os amigos sabem o que repetimos aqui ao longo de seis anos:
-A corrupção
político-partidária-empresarial é sistêmica. O DNA disso sempre esteve
nos computadores e dados das empreiteiras, que não tratavam apenas do
assunto Petrobras.
A óbvia escolha, opção de até há pouco, de investigar apenas uma banda do Sistema foi política e ideológica…
…Com fartíssimo vazamento cotidiano, por anos, e consequentes espetáculos e julgamentos via manchetes e Mídias.
Essa temerária opção,
político-ideológica, atiçou profundos estigmas e divisões. Produziu
resultados econômicos e eleitorais, com graves consequências sociais.
Desabafos e troca de chumbo, agora, são apenas… tardios. E inúteis.

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