sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

EUA e a estratégia de guerra contra Rússia na Ucrânia,

EUA e a estratégia de guerra contra Rússia na Ucrânia,

EUA e a estratégia de guerra contra Rússia na Ucrânia



 
Os Estados Unidos do Prêmio Nobel da Paz Barak Obama empreendem uma
guerra virtual contra a Rússia e preparam obstinadamente uma guerra
real para ser travada em território ucraniano. Não importa a
inviabilidade dessa aventura militar, do ponto de vista estratégico. O
objetivo não é controlar o território ucraniano e “salvá-lo para a
democracia”, mas esgotar em combate o poderio russo mediante seu
estrangulamento econômico e militar numa guerra convencional em terceiro
país. É que nem os lunáticos neoconservadores instalados no Pentágono,
no Departamento de Estado e no Conselho de Segurança Nacional proporiam
um ataque direto à nação russa, dada sua condição de potência nuclear de
primeira linha.
 
A estratégia central norte-americana é afirmar sua hegemonia
mundial a partir da força. É-lhe intolerável a realidade de um mundo
apolar ou multipolar em face da presença de um competidor nuclear como a
Rússia e de uma potência econômica ascendente como a China, também
ameaçadora, a médio prazo,  no campo militar. Para os neoconservadores, a
hora de agir é agora, antes que essas forças rivais criem raízes mais
profundas. O pretexto ucraniano vem a calhar. Depois de derrubar um
governo legítimo e colocar em seu lugar um bando de facínoras, o próximo
passo é a incorporação da Ucrânia à OTAN, em aberto desafio à Rússia.
Só com muito sangue frio Putin poderá contornar mais essa provocação no
quintal da Rússia.
 
É muito fácil começar uma guerra de grandes proporções na terra dos
outros,  sobretudo quando se tem a ilusão de um poder assimétrico em
relação ao adversário  e mesmo quando não se tem certeza quanto aos
efeitos. É que, uma vez instalado o caos que se segue a uma guerra, não
basta ter imensa superioridade miliar para controlar suas consequências.
Os Estados Unidos são peritos em começar guerras inacabadas: foi assim
na Coreia, no Vietnã, no Iraque, no Afeganistão; mais recentemente
insuflaram revoluções no norte da África, que resultaram em dramática
carnificina e permanente instabilidade na Líbia e no Egito. Entretanto,
quando se trata de conseguir a paz, os Estados Unidos lavam as mãos. Os
outros é que cuidem do estrago que provocam, como no Haiti e no Iraque.
 
É muito fácil entender a estratégia dos chamados neoconservadores
americanos que acabaram de colocar agora um representante na principal
cadeira no Departamento de Defesa. Querem repetir o processo que levou à
exaustão a antiga União Soviética. Dado que Estados Unidos e Rússia
estão em virtual paridade nuclear, a solução é levar a Rússia à
capitulação através de uma guerra convencional, não em território russo,
que arriscaria uma guerra nuclear, mas no território de um terceiro
país. Nada melhor, pois, que a Ucrânia. 
 
O objetivo dos neoconservadores é tentar repetir uma estratégia
que, embora tendo dado certo na liquidação da União Soviética, não
liquidou o Estado russo que estava em seu coração. O Estado socialista
desmoronou, mas a nação russa, mesmo ferida, continuou de pé. Putin
tratou de recuperá-la por inteiro colocando-a na condição de um estorvo
nuclear que limita a vontade de poder ilimitada de Washington. A
intenção norte-americana de atacar o governo sírio esbarrou efetivamente
no veto russo e chinês. Isso, claramente, expôs a impossibilidade
prática do exercício de um poder hegemônico na era nuclear partilhada.
Transformado num boneco operado pelos neoconservadores, Obama resolveu
“estrangular” a Rússia com embargos econômicos.
 
Recordemos os passos que levaram à extinção da União Soviética a
fim de examinarmos os paralelos atuais. Em meados dos anos 70, foi
refundada em Washington por influência do então diretor da CIA, George
Bush pai, a ONG denominada “Comitee on the present danger”, ou Comitê
para o Perigo Presente (CPD). Tinha como principal objetivo estatutário
“levar a União Soviética à rendição, se necessário por meios militares”.
Do Comitê faziam parte 60 personalidades notáveis do círculo
conservador norte-americano, sendo que o futuro Presidente Ronald Reagan
filiou-se à ela pouco antes de eleger-se em 1979. Como Presidente,
levou a posições de alto destaque no Departamento de Defesa, no
Departamento de Estado e no Conselho de Segurança Nacional 33
integrantes do Comitê.
 
Em 1985, quando estive na Alemanha para cobrir a reunião dos Sete
Grandes, andava por lá o chefe do Conselho de Segurança Nacional dos
EUA, Richard Perle, membro do CPD, fazendo conferências sobre o conceito
subjacente ao programa de escudo nuclear, então conhecido como Guerra
nas Estrelas, que se baseava no princípio de “guerra nuclear protegida”.
Perguntei aos alemães o que achavam daquilo, pois a guerra nuclear
“protegida” no contexto de Guerra nas Estrelas implicava a proteção
nuclear do território norte-americano, mas não do europeu. Os alemães
com quem conversei estavam perplexos. Imagino que estejam perplexos de
novo com a marcha forçada pela guerra em território da Ucrânia, que os
expõe diretamente às forças militares russas convencionais em seu
próprio território.
 
É importante assinalar que não se tratava apenas de retórica.
Diretivas presidenciais de Reagan, na virada do primeiro para o segundo
mandato, introduziram mudanças cruciais nos programas de computador que
põem em posição de ataque os três sistemas estratégicos baseados em
terra, mar e ar das forças nucleares norte-americanas. Através de
vazamentos de imprensa, soube-se de mudanças fundamentais  no SIOP
(Single Integrated Operational Program, ou Programa Operacional
Integrado Único), a parafernália eletrônica capaz de desencadear uma
guerra nuclear contra a então União Soviética a partir do teatro
europeu.
 
A principal alteração no SIOP, de acordo com os fragmentos de
diretivas presidenciais secretas,  recolhidos e reconstituídos por um
cientista canadense, F. Knelman (em “America, God and the Bomb”),
consistiu em recuar para oito minutos, pelo princípio do prêmio por
resposta rápida, o início de um ataque nuclear total à União Soviética a
partir do primeiro alarme. Não se tratava de uma questão acadêmica.
Como um hipotético míssil soviético em cruzeiro levaria 36 minutos para
mergulhar em território nacional norte-americano (trata-se de míssil
disparado de terra: não se menciona a frota indetectável de submarinos
nucleares, por expediente elusivo de convencimento), o programa Guerra
nas Estrelas só se justifica se houver uma capacidade efetiva de
interceptá-lo no meio da trajetória, isto é, no mínimo 18 minutos depois
do disparo. 
 
O mesmo tempo é o que levaria um míssil americano disparado de
terra para alcançar o míssil hostil na estratosfera. Entretanto, seria
necessário um sistema de detecção instantânea do início do ataque. Para
qualquer efeito prático, não há possibilidade de alcançar o míssil antes
que cruze o ponto médio da trajetória, a não ser de uma base em órbita.
O programa Guerra nas Estrelas pretendia pôr bases em órbita, mas até
lá seria necessário contar com a boa vontade dos estrategistas
soviéticos para não atacarem primeiro. Por isso reduziram o tempo de
resposta do SIOP a oito minutos, pelo que ficou limitado a um nível de
redundância o processo de checagem para confirmar se um disparo captado
na tela de controle eletrônico era um disparo real. Com isso ficamos
todos expostos à possibilidade de uma guerra nuclear casual na medida em
que o SIOP reagiria automaticamente a uma checagem errada sem tempo de
consulta para resposta ao falso ataque do Presidente da República.
 
O primeiro passo para implementar Guerra nas Estrelas era ignorar o
tratado SALT II, que vedava a construção de sistemas antibalísticos por
parte de EUA e União Soviética. A lógica do SALT II, jamais aprovado
pelo Senado norte-americano mas até então respeitado pelo Executivo, era
simples: a dissuasão nuclear só se efetiva na base da autodestruição
assegurada por quem iniciar uma guerra nuclear. Se um dos lados
conseguir construir um sistema operacional que efetivamente proteja seu
território de um contra-ataque nuclear, ele estará livre para
desencadear um primeiro ataque sem medo de retaliação. Cientistas de
todo mundo, inclusive americanos, questionaram as bases técnicas de
Guerra nas Estrelas, mas Reagan, a fim de esgotar a União Soviética numa
corrida tecnológica para construir seu próprio escudo, levou Gorbachev a
uma posição insustentável por falta de condições econômicas e técnicas
para isso.
 
Foi a combinação de pressão tecnológica, econômica e política
norte-americana que levou a União Soviética à autodestruição. É este
mesmo caminho que está sendo seguido agora para levar a Rússia à
exaustão econômica e à rendição política. Não se trata de teoria
conspiratória. Os norte-americanos, conscientes de sua superioridade
militar e econômica, nunca escondem suas reais intenções. Seus
movimentos são explícitos e claramente apresentados em documentos
estratégicos públicos. Assim, eis como a intenção de eliminar qualquer
possibilidade de “um novo rival” era colocada em 1992, imediatamente
depois da derrota da União Soviética, pelo neoconservador Paul
Wolfowitz, do CPD, então Subsecretário da Defesa, no Manual de
Planejamento de Defesa: 
“Nosso primeiro objetivo é prevenir a re-emergência de um novo
rival, seja no território da antiga União Soviética seja em outro lugar,
que coloque uma ameaça do tipo que foi colocado pela antiga União
Soviética. Isso é uma consideração dominante sublinhando a nova
estratégia de defesa regional e requer que previnamos qualquer
 tentativa de um poder hostil de dominar uma região cujos recursos
poderiam, sob controle consolidado, ser suficiente para gerar poder
global.”
 
Essa linha estratégica está sendo trilhada religiosamente no
sentido de evitar que a Rússia seja um embaraço para a hegemonia militar
absoluta norte-americana, contornando a realidade elidida da virtual
paridade nuclear. O SALT II foi revogado,  unilateralmente, pelos EUA.
Eles se recusam, por outro lado, a fazer um tratado de desmilitarização
do espaço.  Assim, é necessário recuar à geopolítica anterior à Guerra
Fria para entender os movimentos americanos. De fato, há uma década e
meia a possibilidade real de uma guerra na Ucrânia está sendo preparada
metodicamente pela OTAN, que agora mesmo acaba de decidir aumentar o
comprometimento de orçamento militar de seus membros (2% do PIB) por
pressão americana. Desde 1999 que a Organização avança para o Leste.
Naquele ano, incluiu a República Checa, a Hungria e a Polônia. Uma
segunda expansão se deu em 2004, incluindo Bulgária, Estônia, Latvia,
Lituânia, România, Eslováquia e Eslovênia.  Com isso, quase metade dos
países atualmente membros da OTAN foram incorporados, rumo ao Leste,
depois do fim da URSS. Paralelamente expandia-se para Leste a União
Europeia, cujo último movimento seria a tentativa de tomada de posse da
Ucrânia. E só não houve a efetiva incorporação da Ucrânia e da Geórgia,
formalmente sinalizada na cúpula de Bucareste em 2008, porque dessa vez
Putin reagiu pela força, pois se tratava, a seu ver, de colocar uma
fortaleza militar hostil no quintal de seu país.
 
O cerco militar à Rússia segue uma tríplice estratégia: alargamento
da OTAN, expansão da União Europeia e promoção da “democracia”,
obviamente desconsiderando o risco de uma guerra aberta. Diante do baile
estratégico que foi a absorção da Crimeia pela Rússia, com apoio
esmagador da população da península, os Estados Unidos se movem na
direção da guerra através inicialmente de sanções econômicas, a partir
de uma posição forte, recém-conquistada, no campo da energia. Contudo,
não nos iludamos. Uma guerra convencional seria de alto interesse
norte-americano, desde que ela pudesse esgotar a capacidade militar e
econômica russa sem o risco de escalar para uma guerra nuclear. É com
essa possibilidade que os neoconservadores contam para iniciar a
guerra. 
 
Sabemos, por outro lado, pela experiência histórica, que os Estados
Unidos não se preocupam muito em como acabar com guerras. Para eles
trata-se de um jogo estratégico para assegurar a afirmação da hegemonia
mundial. Por isso, no momento, a única força capaz de parar a máquina de
guerra americana é o povo dos Estados Unidos, tocado pela consciência
de solidariedade com os bilhões de inocentes do mundo, e eles próprios,
que sofreriam as consequência de uma guerra proto-nuclear. É necessário
que os inocentes rompam com a passividade, falem e votem. De fato, os
Estados Unidos podem esgotar as forças econômicas e militares dos russos
numa guerra em território de terceiro. Mas o que acontece com uma
potência derrotada, humilhada, sitiada, e não obstante de posse de um
imenso arsenal nuclear?
 
Aos que consideram essa análise exagerada peço que leiam “Foreign
Affairs”, uma das mais prestigiosas revistas do estabelecimento
norte-americano, em detalhados e esclarecedores artigos sobre a “crise”
na Ucrânia, na edição de setembro último. Um deles diz claramente: “a
crise na Ucrânia é nossa culpa”, referindo-se aos Estados Unidos. No
corpo da matéria vem a narrativa da marcha da OTAN para Leste, em
confronto direto com entendimentos anteriores com os russos e sob
constantes protestos destes. Ali também se encontra o relato do caos
planejado pelo Departamento de Estado e ONGs patrocinadas pelo Governo
norte-americano para derrubar o governo legítimo pró-russo de Kiev,
colocando em seu lugar um governo que tem pelo menos quatro membros
proeminentes neofacistas.
 
Ainda em termos de medidas provocativas contra a Rússia, destaca-se
a monstruosa derrubada do avião comercial MH 17 sobre o Leste da
Ucrânia, um típico atentado terrorista que os Estados Unidos pretenderam
atribuir a forças pró-russas. Falso. O avião, de que já não se fala
mais muito sintomaticamente, foi derrubado por forças do governo de
Kiev, conforme denunciou o presidente russo Vladmir Putin, numa reunião
internacional, com base em investigações independentes, e com
praticamente nula repercussão no Ocidente.
 
O ânimo dos neoconservadores  norte-americanos para o confronto
global com os russos, a partir da economia, ganhou força com a revolução
energética representada pela exploração de gás de xisto nos Estados
Unidos através de uma das mais criminosas tecnologias do ponto de vista
ambiental, o fracting. O sucesso comercial do empreendimento, com rápida
expansão de produção de gás e petróleo de xisto, possibilitou atacar o
principal pilar da economia russa, grande produtora e exportadora de
petróleo e gás, e, simultaneamente, “tranquilizar” os europeus quanto à
possibilidade de cessação de suprimento de gás russo à Europa, o qual
seria substituído pelo norte-americano.
 
Não se sabe se os sauditas entraram nesse jogo por razões
geopolíticas, evitando reduzir a produção de petróleo para prejudicar os
russos, ou por suas próprias razões de tentar inviabilizar
economicamente a produção de hidrocarbonetos por fracting. O fato é que
também grandes empresas norte-americanas, que investiram pesadamente no
petróleo e gás de xisto, estão tendo pesados prejuízos com a redução do
preço do petróleo, que agrada mesmo só ao consumidor. Por outro lado, as
promessas supostamente infinitas do fracting  se revelaram
surpreendentemente  limitadas nos últimos meses:  em Monterey, na
Califórnia, reservas de petróleo de xisto antes avaliadas em 13,7
bilhões de barris foram reavaliadas oficialmente para 600 milhões, ou
96% menos. Além disso, a opinião pública norte-americana começa a ser
mover contra o fracting: segundo uma pesquisa de opinião recente, em
2008, 48% a 38% dos norte-americanos apoiavam essa tecnologia; em
novembro último, 47% a 41% se manifestaram contra. Isso certamente
reflete a comprovação inequívoca da destruição ambiental, sobretudo de
aquíferos, que essa tecnologia suja provoca no meio ambiente de forma
irreversível. 
 
Enquanto o mercado de hidrocarbonetos não sofrer nova reviravolta,
refletindo o fracasso da Califórnia, a Rússia, sem dúvida, será
penalizada pela estratégia norte-americana de seu estrangulamento
econômico. Putin, com sua frieza característica, ponderou que a Rússia é
um país autossuficiente e, de qualquer modo, tem meios de retaliação –
imaginando certamente um embargo na exportação de gás para a Europa. Uma
importante ficha para a Rússia é certamente a China, que já lhe
garantiu um contrato de fornecimento de gás por 20 anos no montante de
400 bilhões de dólares, e que tem se alinhado com ela em questões
geopolíticas, como no caso da Síria. Contudo, estamos claramente diante
de uma escalada.
 
O novo passo estimulado pelos EUA foi a recente decisão do
Parlamento da Ucrânia de renegar sua neutralidade. Note-se que o próprio
Kissinger, num artigo recente, assinalou que a solução definitiva para a
crise ucraniana, de uma forma aceitável pela Rússia, seria transformar a
Ucrânia num país neutro entre a União Europeia/OTAN e a Rússia, como
aconteceu com a Finlândia na Guerra Fria. Contudo, Kissinger é um velho
conservador lúcido, não um neoconservador alucinado. Os EUA, sob
controle destes, indicam que não aceitarão perder mais essa oportunidade
de guerra. Tudo indica que forçarão a Rússia a aceitá-la. Com a
integração da Ucrânia na OTAN, numa iniciativa indiferente aos milhões
de russos e russófilos no Leste do país, a aliança militar ocidental
estaria nas costas da Rússia, o que significa ameaça direta a seu
território. O mínimo que a Rússia buscaria seria retalhar a Ucrânia com
apoio local, o que de uma certa forma foi ensaiado na Crimeia. Seria
então uma guerra global em território ucraniano? 
 
E nós, que temos a ver com tudo isso? Os inocentes entre nós acham
que os neoconservadores norte-americanos veem com muita naturalidade
nossa aproximação, via BRICS, com sua arqui-inimiga Rússia. Acreditam
que a gravação das conversas da Presidenta foi mero divertimento. Acham
que as tentativas de desestabilização do legítimo Governo brasileiro
atual, assim como o reeleito, são fenômenos exclusivamente internos, ou
resultantes dos impulsos éticos de alguns tribunais. Pelo fato de termos
passado à margem de guerras, e estarmos no centro de um continente
 peculiarmente pacífico, nos acostumamos a não pensar geopoliticamente –
mesmo porque, na era nuclear, a geopolítica devia estar definitivamente
fora de moda. Contudo, querendo ou não, estamos no jogo. Se o preço do
petróleo cair abaixo de 40 dólares o barril, a exploração do pré-sal
estará inviabilizada. Se os Estados Unidos fizeram a guerra contra a
Rússia em território ucraniano, teremos de fazer difíceis escolhas.  
 
 
J. Carlos de Assis - Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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